quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Em uma noite fria, uma jovem aparentando ter uns 25 anos, grita desesperadamente em uma rua deserta, suas roupas estão rasgadas, Logo aqueles gritos chamam atenção das pessoas que se dirigem para aquele local, pra socorrer a garota, que conta que foi atacada por um homem que tentou violentá-la e só não conseguiu, porque assustou com seus gritos e saiu correndo.
Depois de ser acalmada por uma senhora de meia idade que a levou ate sua casa e deu um copo dàgua e umas roupas de sua filha pra substituir as que estavam rasgadas, ela senta em uma cadeira e começa a contar que, estava vindo do serviço e foi abordada por um homem que a ameaçou com uma faca mandou entrar naquela rua deserta e começou a rasgar suas roupas. Enquanto contava, começou a chorar compulsivamente. As pessoas que ali estavam pediram pra ela descrever o tal bandido, o que ela fez depois que se controlou.
-Era um homem negro de aproximadamente 1,60 de altura devia pesar uns 70 quilos, cabelos cortados bem baixos, rosto redando, olhos grandes, lábios grassos e usava uma jaqueta azul calça jeans e um tênis bem velho.
Alguns dos que estavam ali resolveram procurar o homem se armaram de pedaços de pau, barras de ferro e de tudo que poderia ser usado como arma. Dividiram-se em grupos e se espalharam por varias ruas daquela pequena cidade. De repente um dos que fazia parte de grupo encontra um suspeito e chama os amigos para ajudar a pegá-lo, ele corre atrás do bandido que entra em um local escuro corre como um velocista pula um muro parece que não vão conseguir alcançá-lo, mas por uma falta de sorte, entra em um beco sem saída é capturado e levado ate a presença da moça. Que o reconhece como seu agressor e começa a ter um ataque de pânico.
O grupo, então discute o que fazer, uns dizem pra ligar pra delegacia de policia da cidade vizinha, pois não existe delegacia ali. Outros mais enfurecidos querem dar uma lição no tarado os mais moderados insistem em entregá-lo as autoridades, mas, a grande maioria diz que se for preso em breve vai estar nas ruas de novo fazendo o mesmo com outras mulheres. Decidem então levá-lo pra fora da cidade em um lugar deserto e dar uma surra nele. O rapaz começa a gritar-Eu sou inocente essa garota é mentirosa! Uns dos que lideram o grupo, fica enfurecido e manda calar a boca q começa a dar socos nele. O resto do grupo incentivado também começa a agredir o suposto violentador. As pessoas que são contra, tentam evitar a agressão, mas estão em menor número.
A cada momento que passa as agressões vão aumentando o rapaz grita que não fez nada isso deixa as pessoas mais nervosas e serve de motivo pra mais e mais socos, chutes, pauladas murros. Seu rosto começa a desfigurar de tantos golpes desferidos pela multidão ele cai e mesmo assim continua a ser agredido, as pessoas não param, é uma cena animalesca a agressão fica cada vez mais violenta, alguns que estão participando, parecem gostar sentir prazer de estarem ali. Parecem verdadeiros seres irracionais, alguns pegam pedras e começa a apedrejá-lo, seu corpo já esta coberto de sangue, ele não vai conseguir resistir por muito tempo, uma das pessoas que esta ali, pega um tijolo e arremessa sobre seu rosto provocando uma fratura facial. Ele desfalece não tem mais forças. De repente uma voz de mulher destacasse entre gritos, parem, ele é inocente posso provar! Sou sua esposa, esta garota é mentirosa é ex namorada e inventou essa história para vingar por ter terminado com ela e ficado comigo. Eu estava com ele na hora que ela diz ter acontecido o fato, pois sempre me acompanha até a escola aonde faço um curso noturno, várias pessoas me viram com ele.
O homem está muito machucado as pessoas que foram contra o linchamento, tentam socorre-lo, mas na cidade não existe um hospital de pronto socorro e o mais próximo fica a quilômetros de distancia ele não resiste aos ferimentos e morre. A garrota aproveita a confusão que se formou ali e foge feliz de ter conseguindo realizar seu plano de vingança em seu rosto, um sorriso mórbido de quem conseguiu o que queria, ela se sente vitoriosa e vai embora sem nenhum sentimento de remorso em seu coração.
sábado, 15 de agosto de 2009
Meu Sonho
Uma noite sonhei que vivia na idade média era um cavaleiro medieval usava armadura, espada, lança. Em minha mão esquerda, segurava um reluzente escudo. Em minha vila eu era respeitado e admirado por todos.
Certo dia, acordei, ouvindo gritos de desespero e terror, uma grande correria começou, fui pra rua ver o que estava acontecendo perguntei há alguém o porquê de tanto pânico? Então me disseram que havia um monstro na entrada da vila, que ele estava devorando a todos que ali passavam.
Montei em meu cavalo e fui ao encontro de tal criatura, me deparei com aquela figura assustadora, mas não demonstrei medo. Logo começou o combate, eu com minha espada em punho ele com suas garras e dentes afiados, me olhava com olhos frios parecia não haver sentimento naquela criatura ou se houvesse, seria apenas o ódio. Eu atacava com minha espada e defendia de seus golpes usando meu escudo, mas sofri alguns ferimentos, mesmo ferido, não me entreguei não deixei que a dor das feridas me derrotasse. Às vezes eu recuava para depois voltar à luta com mais força e determinação, parecia que quanto mais ele me atacava, mais me dava vontade de lutar e de vencer.
Em determinado momento, aproveitei um descuido dele e desferi um golpe em seu coração cravei minha espada sem piedade, agora via em seus olhos um misto de sentimento medo, dor, surpresa e admiração. Parecia não acreditar que estava sendo derrotado por mim um simples mortal, sentia-me forte com a sensação de dever comprido de ter feito o que era minha obrigação defendi meu território protegi as pessoas que acreditavam em mim defendi minha honra.
Quando acordei deste sonho, conclui que este monstro, nada mais era que meus temores e, duvidas e insegurança e que se eu não lutasse, não conseguiria conquistar meu território, que as feridas, são marcas das vezes que lutei sonhei e sai machucado. Assim como em meu sonho, tenho que pegar minhas armas e derrotar este monstro que tenta devorar minha alma.
Daniel Henrique da Silva
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Aconteceu em uma pequena cidade do interior de minas, uma cena incomum. Duas moças começaram a agredir um homem, elas estavam enfurecidas, parecia estarem dominadas por uma força sobrenatural.
Era uma bela tarde de domingo, a praça estava cheia de gente, batendo papo, casais namorando e turistas apreciando as belas construções coloniais. De repente, uma jovem começa a agredir um homem que aparentava ter aproximadamente uns 60 anos de idade ou mais, ela o derrubou no chão, dava ponta pés por todo seu corpo principalmente em sua cabeça. Pra piorar, juntou-se a ela mais duas garotas que também o agredia com violência. Todos assistiam aquele triste espetáculo, uns com indignação, ou com pena do homem e outros com indiferença, não esboçando nenhum sentimento. As agressoras continuavam com suas investidas a cada momento, mais furiosas parecia que aquilo não chegaria ao fim.
Supostamente o motivo de tão violento ato, foi por causa de uma grosseria falada por tal homem, segundo relato de algumas pessoas, que estavam mais próximas daquelas personagens, o homem falou palavras que ofenderam a garota, fazendo com que ela tomasse uma atitude destas. Só não o mataram, porque houve intervenção da policia, que as algemaram.
Observando a tudo isso, fiquei perguntando, quem realmente seria vitima e vilão nesta história?A garota que parece foi gravemente ferida com palavras daquele homem, e por isso revidou. Ou o homem que quase foi morto pelas diversas agressões físicas que sofreu?
Então sob meu ponto de vista concluiu, que os dois foram vitimas e vilões. Ela foi vitima porque foi agredida verbalmente vitima de um sistema machista que trata as mulheres como um objeto a submetendo a várias humilhações às vezes as tratando como um simples pedaços de carne sem sentimentos e personalidade.Mas ela também foi vilã porque agrediu fisicamente quase levando uma pessoa a morte.O homem tem sua culpa, pois feriu a moça em sua alma falando palavras que com certeza a machucou e fez doer seus sentimentos como se fosse uma agressão física, mas é vitima da um sistema que vicia as pessoas e não da oportunidade nenhuma de recupere-las ele estava bêbado ou drogado talvez seja um dependente químico, se estivesse sóbrio a história que está sendo contada aqui possivelmente não teria acontecido.
A história terminou com a moça sendo levada pra delegacia em uma viatura de policia e o homem com as roupas rasgadas e o corpo bem machucado sentado em uma calçada com as mãos cobrindo o rosto talvez por sentir vergonha pelo que aconteceu.
DANIEL HENRIQUE DA SILVA
Meu nome é Daniel, tenho uma deficiência física chamada artrogripose que me limita em muitas coisas, mas, não me impede de fazer umas das coisas que mais gosto, viajar pelo mundo das artes plásticas, musica e literatura. Tenho muita fé em Deus e acredito que a vida é um presente dele e uma prova de seu amor por nós
A vida é uma grande aventura nela, vivemos várias situações como, comédia drama, suspense e até mesmo terror.Choramos, sorrimos sentimos dor, prazer às vezes somos heróis e outras, vilões. Viver é mágico, fascinante.Sentir o calor do sol em nossa pele, o suave perfume das flores e as leve brisa que vem de encontro ao nosso rosto. Ouvir uma bela melodia faz parte desta maravilhosa dádiva de nosso criador
A melhor forma de agradecer é viver intensamente celebrar a vida preservá-la ser uma pessoa de bem e amar a vida de seu próximo. Pois sabemos que assim também seremos amados e respeitados.
Daniel Henrique
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
UMA TARDE DE DOMINGO
Uma tarde de domingo muito especial
Aconteceu em 1993 eu estava vendo o jogo da eliminatória da copa que seria no ano seguinte, vendia balas e doces em um posto de gasolina perto de minha casa. Neste dia levei minha tv portátil pra assistir a partida de futebol .
Em pouco tempo começou a formar uma pequena multidão em volta de minha mesinha onde estava a tv. Dentre aquelas pessoas uma em especial, chamou minha atenção, um garoto de rua devia ter aproximadamente uns doze ou treze anos, ele vibrava com cada lance e quando a seleção marcava gol, comemorava balançando uma velha camisa verde e amarela que vestia e tirou do corpo para usar como bandeira.
É estranho, mas a reação e paixão daquele menino passaram a ser mais interessante pra mim do que o jogo. Ele se sentia feliz, parecia estar no campo junto com os craques de nossa seleção em cada lance que via chutava imaginariamente uma bola levava as mãos à cabeça quando o adversário atacava, e havia perigo de gol contra nosso time, seus olhos brilhavam em seu rosto de criança já um pouco marcado pela vida difícil que levava, eu via um sorriso contagiante puro sincero como fosse um dos jogadores que estavam ali defendendo nossa vaga na copa.
A partida continuava. Romário estava arrasador, implacável contra os uruguaios, cada lance, cada jogada eu via dois espetáculos, um feito pelo baixinho em minha pequena tv preto e branco, e outro, feito por aquele garoto ao vivo ali perto de mim. De certa forma parecia que ele realizava naqueles mágicos 90 minutos, todos seus sonhos.
O jogo chegou ao fim o Brasil venceu de goleada e garantiu a tão sonhada vaga, para participar da copa nos Estados Unidos, todos estavam felizes comemorando, o tal garoto pulava gritava abanava a velha camisa, naquela tarde de domingo ele era um vencedor, e não um garoto abandonado.
Pensei então, tomara que esta tarde de domingo não acabe nunca pra ele que consiga vencer neste difícil jogo da sobrevivência nas ruas e também se tornar um vencedor e que aquelas cores que estavam naquela velha e surrada camisa e que representam as cores de nossa nação, oferecesse a oportunidade para que ele se torne um campeão.
Daniel Henrique da Silva